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Psiquiatria & Psicologia - Granja Viana & Pinheiros

TEPT
Transtorno de estresse pós-traumático

O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) é um quadro comum e altamente incapacitante. É o único quadro em psiquiatria no qual há a necessidade de um evento ambiental para que o mesmo seja diagnosticado. 

 

Para o diagnóstico de TEPT o indivíduo precisa ter passado a mais de 30 dias por um evento traumático. Na 5a edição da classificação norte-americana (DSM-5, 2013) este evento seria quando há a exposição real ou ameaça de morte, lesão séria ou violação sexual. A exposição deve levar a um ou mais dos seguintes cenários: experiência direta do evento, testemunha ocular do evento, saber que um evento traumático ocorreu com familiar ou amigo próximo ou ainda experiência pessoalmente, uma exposição a detalhes repetidos ou extremos do evento traumático (que não seja através da mídia, fotos, TV ou cinema).

 

Em virtude dos níveis de violência em nosso país a prevalência de TEPT é altíssima. Em estudo realizado pela associação de um grupo de pesquisadores da UNIFESP, UFRJ e Fiocruz, estes encontraram 86% das pessoas, maiores de 18 anos, que vivem nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, passarão por uma situação de violência interpessoal no decorrer de suas vidas.

 

 

Os eventos traumáticos mais comuns são a violência direta (60%) e indireta (presenciar a violência ou alguém próximo ter sido vítima), seguido do assassinato de alguém próximo. O risco de uma pessoa que passa por uma destas situações desenvolver TEPT foi de mais de 10%, sendo as mulheres com um risco 3 vezes maior de adoecer do que os homens, que por sua vez tem até 10 vezes mais chances de sofrer violências e acidentes (exceto as domésticas e sexuais, mais comuns nas mulheres). O distúrbio, independente do seu gatilho, causa sofrimento significativo, nas suas interações sociais, capacidade de trabalho e outras áreas importantes do funcionamento. Não deve ser devido a outras condições médicas, medicações, drogas ou álcool.

 

Contudo, é importante ressaltar que qualquer pessoa que passe por uma experiência como esta poderá se sentir violentada, desamparada, com medo, com raiva, irritada, ter insônia, reações estas que fazem parte de uma resposta humana normal frente a tais vivências. A grande maioria das pessoas (90%) se sente desta maneira, sendo que estes sintomas vão paulatinamente cedendo a medida que a vivência é elaborada. Quando esta experiência de alguma forma será incorporada à sua história de vida.

 

 

 

FONTE: PROVE ( http://provepsico.com.br ) - Modificado.

Conheça mais sobre esse transtorno no site do PROVE/UNIFESP

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